O lançamento do satélite e a captação de imagens foram realizados com investimento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e outros parceiros e a iniciativa teve o apoio do Ministro Astronauta Marcos Pontes desde o início do governo Jair Bolsonaro, reforçando o compromisso com o desenvolvimento da área espacial brasileira.
Inicia-se, a partir de agora, a fase de comissionamento do CBERS-4A, com previsão para durar três meses. Durante essa fase serão avaliadas a qualidade radiométrica e geométrica das imagens das três câmeras. Todos os ajustes necessários, tanto no software de processamento quanto nos parâmetros de configuração de cada câmera, serão feitos nesse período com o objetivo de gerar produtos de imagens com a melhor qualidade possível. Essa fase se encerrará no final de março de 2020 com uma discussão técnica e aprovação do relatório final do comissionamento pela equipe de especialistas do Programa CBERS. A partir daí o satélite CBERS-4A será declarado operacional.
Seguem exemplos de imagens das três câmeras do satélite, captadas e processadas em território brasileiro.
Abaixo vemos exemplos das primeiras imagens recebidas do CBERS-4A em território chinês. A imagem logo a seguir é da câmera WPM, onde foi feita uma fusão entre a banda pancromática e as bandas multiespectrais, que lhe conferem o colorido.
FLORIPASAT
-1
A
equipe de estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que
trabalha com o satélite FloripaSat-1, que foi colocado em órbita no mesmo
foguete lançador, também tem recebido sinais de telemetria em todas as passadas
do nanossatélite por Florianópolis (SC).
Eles
também recebem os dados de radioamadores de diversos países. A página preparada
com instruções para os radioamadores é bastante útil, onde os radioamadores
conseguem configurar os equipamentos praticamente sozinhos, sem precisar de
apoio da equipe. Para os alunos que desenvolveram o satélite, o pleno
funcionamento “foi o melhor presente de Natal” da vida deles, declarou o Professor
Eduardo Bezerra, coordenador do projeto.
Entusiasmados
com os primeiros resultados obtidos, os estudantes chegaram a montar uma
estação terrena fora da UFSC, na casa de um deles, para não precisar se
deslocar até a universidade na noite de Natal.
Missões
universitárias como essa do FloripaSat-1 possuem impacto social importante.
Durante todo o desenvolvimento do projeto que tem o apoio da Agência Espacial
Brasileira (AEB), autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia,
Inovações e Comunicações, por meio do programa Uniespaço, a equipe contou com
integrantes carentes de baixa renda, que foram contemplados com bolsa de
estudos. A participação em projetos como esse é importante como um fator
motivacional que auxilia na redução da taxa de evasão escolar e também para
possibilitar que os alunos coloquem em prática os conceitos trabalhados durante
o curso.
“A
atuação dos alunos nas atividades de projeto, desenvolvimento, integração,
testes, e operação do satélite geram resultado direto no desempenho acadêmico”,
conta o professor Eduardo Bezerra.
O
satélite CBERS-4A e o nanossatélite FloripaSat-1 estão em órbita a 628 km da
Terra. Os dois foram lançados a 00h22 (horário de Brasília) do dia 20 de
dezembro, um minuto além do previsto. Aproximadamente 15 minutos após o
lançamento, o terceiro estágio do foguete liberou o satélite na trajetória
nominal.
O ministro do MCTIC, Marcos Pontes, o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Moura, o diretor de Projetos da AEB, Paulo Barros, o Diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Darcton Damião, o coordenador da Missão Floripasat-1, Eduardo Bezerra e outras autoridades brasileiras acompanharam presencialmente o lançamento dos satélites do Centro de Lançamento de Taiyuan (TSLC), na China.
O ministro do MCTIC, Marcos Pontes, o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Moura, o diretor de Projetos da AEB, Paulo Barros, o Diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Darcton Damião, o coordenador da Missão Floripasat-1, Eduardo Bezerra e outras autoridades brasileiras acompanharam presencialmente o lançamento dos satélites do Centro de Lançamento de Taiyuan (TSLC), na China.
Marcos
Pontes relembrou sua trajetória de vida a bordo de um foguete. Segundo ele,
quando a situação se inverte, ou seja, quando passa a ser um espectador, a
situação é bem diferente. “Ver o foguete decolar é algo maravilhoso”, disse. O
ministro aproveitou o momento para parabenizar a AEB, o INPE e todos aqueles
que trabalharam para o sucesso da operação.
Para
o presidente da AEB, autarquia vinculada ao MCTIC, Carlos Moura, foi um voo
perfeito que cumpriu completamente o perfil da missão. “As expectativas são as
melhores possíveis para o CBERS-4A que continuará, pelo menos por quatro anos,
fornecendo imagens para os dois países parceiros. Já o FloripaSat-1 é um
exemplo de engenharia aeroespacial que pode produzir pequenos produtos e aplicações
interessantes no futuro. É um mundo a explorar. São as novas tendências do new
space mostrando-se na prática”, afirmou Moura.
Darcton
Damião, diretor do INPE, lembra que este lançamento bem-sucedido é a coroação
de um trabalho iniciado logo após o lançamento do CBERS-4, em dezembro de 2014.
Ele afirma que a entrada em órbita do CBERS-4A irá dobrar, pelo período que
resta ao CBERS-4, a capacidade do Brasil de gerar imagens no espectro óptico em
todo o território nacional.
“O
novo satélite traz avanços significativos de desempenho em relação ao seu
‘irmão mais velho’, como por exemplo a melhor resolução espacial. Com ele em
operação, o INPE tem como aprimorar a sua atuação no monitoramento ambiental,
seja da superfície terrestre, seja do mar territorial, entre outras aplicações
típicas deste satélite de sensoriamento remoto, explica o Diretor do instituto.
PARCERIA
CHINA X BRASIL
O
CBERS-4A é o sexto satélite desenvolvido por meio de uma parceria entre Brasil
e China, que já dura 31 anos. O Programa é uma iniciativa inovadora entre
Brasil e China que estabeleceu um novo paradigma de cooperação. A convergência
de interesses para o desenvolvimento da série CBERS resultou em um modelo de
cooperação de sucesso, além de ser um empreendimento inédito na área espacial
de tecnologia sensível.
Quando
o CBERS-4A estiver plenamente operacional, os usuários do sistema CBERS terão o
dobro de imagens disponíveis, já que o satélite CBERS-4, lançado em dezembro de
2014, continua em órbita. Desde a implementação da política de livre acesso a
dados e imagens do INPE, em 2004, já foram distribuídas gratuitamente quase 2,4
milhões de imagens CBERS a cerca de 20 mil instituições país.
No
segmento da indústria, o Programa CBERS estimulou a participação e a
capacitação da indústria nacional para o desenvolvimento e fabricação de
sistemas e subsistemas de satélites. Ter esses componentes provados em voo é um
dos critérios para que nossa indústria espacial possa se inserir no mercado
internacional.
SOBRE
O INPE
É
uma das unidades de pesquisa do MCTIC, responsável por produzir ciência e
tecnologia nas áreas espacial e do ambiente terrestre e por oferecer produtos e
serviços singulares em benefício do Brasil. O INPE tornou-se referência
nacional e internacional nessas áreas, por meio da geração de conhecimento e
pelo atendimento e antecipação das demandas de desenvolvimento e de qualidade
de vida da sociedade brasileira.
SOBRE
A AEB
A
Agência Espacial Brasileira é uma autarquia vinculada ao MCTIC, responsável por
formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira. Desde a sua
criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para empreender os
esforços do governo brasileiro na promoção da autonomia do setor espacial.
Coordenação
de Comunicação Social – CCS
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