No
dia de hoje, o mundo todo presta um tributo coletivo aos capacetes azuis das
Nações Unidas, estes homens e mulheres que empregam sua coragem, seu auto
sacrifício e seu mais altruísta senso de dever em nome da paz.
Essa jornada começou no dia 29 de maio 1948, quando observadores militares
foram enviados para monitorar o acordo de cessar fogo entre Israel e seus
vizinhos árabes, naquela que ficou consagrada, em retrospectiva, como a
primeira Missão de Paz das Nações Unidas.
Desde então, 69 missões de paz da ONU foram desdobradas, em um esforço conjunto
que já mobilizou centenas de milhares de militares e dezenas de milhares de
policiais e de civis.
Estes heróis, provenientes de mais de 120 países contribuintes, tornam-se, no
exercício de suas missões como mantenedores da paz, verdadeiros cidadãos do
mundo.
A participação em operações de paz da ONU vem-se consagrando como uma das mais
importantes facetas do engajamento brasileiro em nome da paz e da segurança
internacional.
O Brasil se orgulha de sua contribuição para as operações de paz das Nações
Unidas.
Nossos capacetes azuis são reconhecidos por seu profissionalismo e preparo, e
também por seu humanismo e empatia em relação às populações locais.
Atualmente, os peacekeepers brasileiros trabalham em 10 das 17 operações de paz
da ONU, e isso significa tanto um grande reconhecimento quanto uma grande
responsabilidade.
A liderança no Haiti oferece valiosa oportunidade de aprendizado e de
aprimoramento de nossas capacidades.
O comando do componente militar da missão de estabilização da ONU naquele país,
a MINUSTAH, há mais de dez anos, vem permitindo ao Brasil demonstrar sua
capacidade de gerenciamento de conflitos de forma diferenciada com resultados
significativos.
Por meio do comando da Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações
Unidas do Líbano, a UNIFIL, e de seu navio-capitânia, mantido com considerável
esforço logístico, o Brasil contribui significativamente para a segurança de
uma região sensível e estratégica.
Além disso, adquire uma visão de mundo distinta, que lhe permite melhor avaliar
os riscos do presente e as oportunidades de atuação em futuras missões.
A Missão das Nações Unidas de Estabilização na República Democrática do Congo,
a MONUSCO, tem inédito mandato robusto de uso da força de seu componente militar,
focado na proteção de civis.
Consciente da necessidade de atualização decorrente da evolução dos conflitos e
ameaças contemporâneos, o Brasil engaja-se também no processo de revisão das
operações de paz da ONU, ora em curso, seja por meio de sugestões de
aperfeiçoamento normativo, como foi o caso da proposta do conceito de
“responsabilidade ao proteger”, seja por sua contribuição para o Painel de Alto
Nível sobre Operações de Paz.
No Brasil, contamos com o Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil, o
CCOPAB, cuja excelência em termos de preparo é reconhecida internacionalmente.
Nos últimos dez anos, o CCOPAB já recebeu mais de 25 mil alunos – muitos vindos
de diversos países – para cursar os estágios que vão desde a preparação para
missões individuais e de contingentes até estágios temáticos como o de
desminagem humanitária ou o de coordenação civil-militar.
Neste ano, o Centro realizará a primeira edição do Curso de Proteção de Civis,
em uma iniciativa que dialoga muito positivamente com as necessidades e os
mandatos das operações de paz contemporâneas.
Por meio de seus peacekeepers, o Brasil irradia a paz e leva ao mundo o que tem
de melhor.
Neste 29 de maio, presto homenagem aos capacetes azuis brasileiros – militares,
policiais e civis que, comprometidos com a construção da paz , elevam o nome da
nação brasileira no cenário internacional.
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