Durante
o programa de negócios da 8ª edição do ARMY 2022 International Military and
Technical Forum, a Rosoboronexport ocupou um espaço de cerca de 1.700 m2 e
apresentou centenas de produtos de empresas russas envolvidas no setor de
material de defesa. “Em 2022, a Rosoboronexport organizou um abrangente
programa de negócios, em paralelo ao ARMY Forum. Realizamos mais de 70
negociações, durante as quais discutimos vários assuntos técnico-militares com
representante de 30 países. Fechamos vários contratos de exportação e lançamos
as fundações de outros, no valor de mais de US$14,5 bilhões”, disse Alexander
Mikheev, CEO da empresa (Foto: Yuri Laskin). Não foram revelados detalhes dos
contratos assinados, mas de acordo com informações da agência de notícias Interfax-Military
News, dois deles somaram mais de US$390 milhões.
“A empresa apresentou cerca de 350 produtos russos
às delegações de países que participaram do Forum., e os itens que despertaram
maior atenção foram o caça de quinta geração Sukhoi Su-57E, o carro de combate
T-14 Amata, o helicóptero de ataque Ka-52E, o sistema antiaéreo Tor-E2, o
sistema de mísseis anticarro Kornet-E e a viatura de combate de fuzileiros
sobre rodas K-17 Boomerang”, acrescentou Mikheev. A Rússia ajustou suas
operações de exportação de material de defesa às sanções dos EUA e da União
Europeia, disse ele num “briefing” para a mídia. “Ao longo do primeiro
semestre, a Rosoboronexport conseguiu entregar produtos num valor superior a
US$5,4 bilhões, e deve repetir esse valor na segunda metade do ano. Os
obstáculos que estão sendo criados pelas sanções do Ocidente foram superados e
o portfólio de encomendas chegou a US$52,4 bilhões”, acrescentou. “Não
escondemos que há problemas, mas nós os resolvemos em conjunto com nossos
parceiros”.
O CEO da Rosoboronexport destacou que a empresa
“trabalha e cumpre todas as obrigações”, utilizando pagamento nas moedas
nacionais. “Atualmente trabalhamos com rúpias da Índia, yuans da China, com
rublos e também empregamos outros instrumentos financeiros. Portanto, tudo isso
torna mais ou menos possível recebermos pagamentos dos equipamentos entregues”,
explicou. Ao mesmo tempo, apontou que a pressão do Ocidente não se limita a
sistemas referentes à cooperação técnico-militar, mas também atinge a esfera
civil, o setor de bancos, o de seguros e as empresas logísticas. “Há muitas
nuances diferentes, entretanto compreendemos e aceitamos essas regras do jogo,
e estamos trabalhando e cumprindo nossas obrigações”, reforçou.
Mikheev também lembrou as decisões tomadas nessa
área a nível do Presidente da Federação Russa, do governo e do Banco Central.
Graças a essas ações, disse ele, “Temos um sistema de pagamentos mais
flexível”. Falando sobre as perspectivas, declarou que a Rússia precisa
desenvolver armas de alta precisão, armas baseadas em novos princípios físicos,
sistemas não tripulados e sistemas de comando e controle centrados em rede.
Observou que essas conclusões foram obtidas com base na análise de conflitos
passados.
Revista Segurança & Defesa
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