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8 de novembro de 2025

Conheça o papel da Marinha do Brasil na COP30


Cerca de três mil militares da Força estão em Belém (PA) em apoio ao evento internacional

Por Primeiro-Tenente (RM2-T) Larissa Vieira e Primeiro-Tenente (T) Rafaella Leal, Marinha do Brasil.

Navio-Aeródromo Multipropósito “Atlântico” esteve em Belém duas vezes em 2025 - Imagem: Marinheiro Malheiros


A 30ª Conferência das Partes (COP30) acontecerá entre os dias 10 e 21 de novembro, em Belém (PA). A Amazônia brasileira, escolhida como sede do evento internacional, é a maior floresta tropical do mundo, com influência direta nas questões climáticas em todo o planeta. Um total de 191 países se credenciou para participar da cúpula. A presença das Forças Armadas, por meio do Comando Operacional Conjunto “Marajoara”, subordinado ao Ministério da Defesa, reforça a segurança das delegações na capital paraense.

Com efetivo de 2.792 militares, a Marinha do Brasil (MB) atua por meio da Força Naval Componente (FNC), organizada em quatro Grupos-Tarefa (GT). O GT Comando e Controle, sediado no Navio-Aeródromo Multipropósito “Atlântico”, funciona como centro de operações da FNC, contando com a estrutura hospitalar embarcada e quatro aeronaves de emprego conjunto. O GT Ribeirinho, composto por cerca de 500 militares e 50 viaturas, é responsável pelo apoio na segurança terrestre em áreas sensíveis, como os portos de Outeiro, Miramar e Belém, além das subestações elétricas da Eletronorte e da Equatorial.

A contribuição na segurança fluvial está a cargo de outro GT, formado por 12 navios e 27 embarcações, responsável por patrulhas, inspeções navais e escoltas nos rios Pará e Guamá. Já o GT Apoio Logístico é constituído pelo Hospital Naval de Belém, pela Base Naval de Val-de-Cães e pelo Centro de Intendência da Marinha em Belém, que fornecem suporte sanitário, de manutenção e de abastecimento.

Para o Comandante da FNC, Contra-Almirante Antonio Braz de Souza, “a Força Naval Componente da Operação ‘Marajoara’ representa o braço da Marinha do Brasil neste grande esforço conjunto das Forças Armadas, coordenado pelo Ministério da Defesa. Estamos atuando de forma integrada ao Exército, à Força Aérea e aos órgãos de segurança pública, com foco na proteção de áreas estratégicas, na realização de patrulhas navais e no apoio logístico em toda a região metropolitana de Belém.”

As autoridades que compõem o Comando Operacional Conjunto “Marajoara” marcaram presença no evento na Base Aérea de Belém (PA) - Imagem: Suboficial Menezes

A MB também será responsável por garantir a livre navegação e o monitoramento das vias fluviais amazônicas durante o evento, contribuindo para a manutenção de um ambiente seguro e estável para a população e as delegações internacionais. Empregando militares com experiência em grandes eventos internacionais, como o G20 e o BRICS, as ações da FNC reforçam a capacidade de pronta resposta da Marinha.

A Operação “Marajoara” reafirma o compromisso da MB com a defesa da soberania, a interoperabilidade e a presença do Estado na Amazônia. A iniciativa contribui para o êxito das ações de segurança e logística durante a COP30, além de fortalecer a atuação conjunta das Forças Armadas brasileiras.

Além das Forças Armadas, outras agências de segurança também farão parte da segurança da COP30 - Imagem: Suboficial Menezes

“Mais do que uma operação de segurança, a ‘Marajoara’ é a demonstração da capacidade da Marinha de projetar poder, integrar esforços e servir ao Brasil onde for necessário. Da selva amazônica às águas interiores, com profissionalismo, prontidão e espírito de missão”, concluiu o Almirante Antônio Braz.

Navio de Pesquisa Hidroceanográfico “Vital de Oliveira”

Integrante da Força Naval Componente (FNC), o Navio de Pesquisa Hidroceanográfico (NPqHo) “Vital de Oliveira” chegou a Belém (PA) em 2 de novembro para integrar o Grupo-Tarefa “Comando e Controle”, em conjunto com o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico”. A atuação da embarcação durante o período da COP30 tem como foco a segurança fluvial e a proteção ambiental nas áreas sob responsabilidade da Marinha do Brasil (MB).

Com foco em pesquisas multidisciplinares, o NPqHo tem capacidade singular quando comparado a outros meios da Força. Considerado um laboratório móvel no mar, o “Vital de Oliveira” já participou de diversas campanhas científicas no Atlântico Sul e na Amazônia.

Além das funções básicas de um navio de guerra, a embarcação também realiza mapeamento multifeixe e varredura lateral do leito fluvial, identificando objetos submersos, minas e embarcações naufragadas que possam oferecer risco à navegação ou às instalações portuárias ligadas ao evento.

A capacidade de atualização de cartas náuticas é essencial para a segurança da navegação em todo o País. No período de preparação para a COP30, a revisão dessas cartas permitiu a chegada de transatlânticos e outras embarcações que integrarão a cúpula internacional.

Apronto Operacional

Em uma demonstração de integração e prontidão, mais de sete mil militares das Forças Armadas participaram, no dia 29 de outubro, da formatura de apronto operacional do Comando Conjunto “Marajoara”, realizada na Base Aérea de Belém. O evento marcou o início da operação militar conjunta para a COP30.

O Comando Conjunto “Marajoara” foi criado com o objetivo de coordenar ações de apoio à segurança e logística durante a conferência. A estrutura é composta pela MB, Exército Brasileiro (EB) e Força Aérea Brasileira (FAB), reunindo capacidades específicas de cada Força.

Durante a cerimônia de apronto, foram apresentados os meios navais, viaturas e equipamentos que serão empregados na COP30. Além das tropas em Belém, a operação mobiliza militares de diferentes regiões do País, que, desde o primeiro semestre deste ano, vêm participando de treinamentos voltados à defesa nuclear, biológica, química e radiológica (NBQR), segurança cibernética, defesa antiaérea, operações especiais e segurança de autoridades.

O Comandante do Comando Operacional Conjunto “Marajoara”, General de Exército José Ricardo Vendramin Nunes, discursou para os militares em formatura durante o evento.

“O apronto operacional que testemunhamos simboliza o estado de prontidão das tropas sob o escopo deste Comando Conjunto. Mais do que uma solenidade, esta formatura é uma expressão concreta da união de esforços entre a Marinha, o Exército e a Força Aérea [...]. Destaco e agradeço, mais uma vez, a presença e o comprometimento dos órgãos de segurança aqui presentes, que com profissionalismo, coragem e dedicação, assumem o honroso dever de garantir a tranquilidade e o bem-estar de todos os brasileiros.”

Comando Operacional Conjunto “Marajoara”

O Comando Operacional Conjunto Marajoara foi criado pelo Ministério da Defesa com o propósito de coordenar as ações de segurança e logística das Forças Armadas durante a COP30, em Belém (PA). A estrutura reúne efetivos e meios da MB, do EB e da FAB, atuando de forma integrada e sinérgica para garantir um ambiente seguro, estável e com pronta capacidade de resposta ao longo de todo o evento.

Organizado segundo o modelo de Forças Componentes, o Comando “Marajoara” permite o emprego coordenado de capacidades marítimas, terrestres e aéreas, bem como a atuação conjunta com órgãos civis e de segurança pública. Essa integração assegura que as ações das Forças Armadas ocorram de forma complementar e eficiente, apoiando as autoridades locais e federais em operações de patrulhamento, segurança de infraestruturas estratégicas, defesa cibernética e apoio logístico.

O Comando Conjunto “Marajoara” simboliza o compromisso do Estado brasileiro com a soberania nacional e a interoperabilidade entre as Forças. Sua presença na Amazônia Oriental reforça a capacidade de projetar poder e apoiar a segurança da população.

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